O sentimento desta semana na China foi impulsionado por uma série de fortes balanços e pelas tentativas do país de limitar as consequências econômicas do coronavírus. O número de mortos pela epidemia semelhante à gripe já chegou a 630, apresentando diversos impactos na economia chinesa.
Autoridades restringiram viagens e fecharam atrações turísticas, centros de lazer, empresas e escolas. Muitas fábricas ainda estão fechadas e cerca de 70 milhões de pessoas estão trancadas em casa.
Em virtude disso, estão preparando medidas para sustentar a economia abalada pelo surto e alertam para o possível freio econômico no primeiro trimestre do ano. O governo da segunda economia mundial está debatendo se deverá reduzir a meta planejada de crescimento econômico para 2020, de cerca de 6%, que muitos economistas do setor privado veem como bem além do alcance da China.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve estabilidade e fechou a semana com perdas de 2,6%.
O índice de Xangai subiu 0,33% na sessão, perdendo na semana 3,4% depois que os mercados registraram fortes vendas na segunda-feira, ao reabrirem após o feriado do Ano Novo Lunar.
O subíndice do setor financeiro recuou 0,4%, o de consumo ganhou 0,8%, o imobiliário caiu 0,8% e o de saúde perdeu 1,2%.
O subíndice do setor financeiro caiu 4,9% durante a semana, pior resultado semanal desde maio de 2019. O subíndice do setor imobiliário recuou 6,7%, na maior queda semanal desde o final de abril de 2019.
O Banco do Povo da China (PBOC) já injetou centenas de bilhões de dólares no sistema financeiro nesta semana, numa tentativa de restaurar a confiança dos investidores, à medida que os mercados globais estremeciam sob o impacto potencialmente prejudicial do vírus sobre o crescimento mundial.
Fonte: Exame e G1